10.6.07

Pele

(Polo Norte)


Fechaste as portas do teu mundo,
na esperança de ele se encontrar,
vais contando o tempo quase ao segundo,
parece não querer passar,

Faz de conta que está tudo bem,
e andas ás voltas quando estás a sós;
gritos mudos que só tu entendes,
o profundo silencio que é a tua voz.

Não precisas de te esconder,
ninguém te vai encontrar,
o que está escrito na tua pele,
só tu para o decifrar,

Num quadro teu, traço a pincel,
a história da tua vida,
escrita, sentida, tatuada na pele.
Quem lá, escreveu, com a tua permissão,
Nem sequer, nem sequer percebeu,
e perdeu, passou-lhe a pele por entre as mãos.

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