3.6.07

Imaginava-se um gato. Um gato de telhado. Farrusco. Com o pelo baço e sujo dos sítios por onde anda à caça e que procura para dormir, apesar das horas intensas que dedica à sua higiene. Sim! Pode ser um gato da rua, mas é um gato da rua asseado!
Um gato sem dono, sem pedigree, sem a coleira que afugenta as presas. Um gato livre de laços sufocantes de gratidão. De pose altiva e olhar penetrante. Tão discreto que muitas vezes só se lhe vê a sombra fugidia. Tão independente que se dá ao luxo de escolher as
companhias. Sim, companhias! Porque a amizade é só para quem prove merecê-la.
Um gato muito fiel. Sim, fiel! Fiel ao único a quem deve fidelidade e lealdade: a si mesmo, aos seus princípios. Não esquecem os gatos algo de que os humanos raramente se lembram: não serás fiel a ninguém se não o fores primeiramente a ti próprio! Quantas vezes os humanos se esquecem de si, do seu amor-próprio, dos seus princípios em prol de conforto, segurança, afecto, dinheiro?
Um gato de telhado que decide o caminho a seguir pelo cheiro que lhe traz o vento.
Um gato que nunca será doméstico pois o seu espírito permanece selvagem.
Imaginava-se um gato,pensador. Um gato de telhado.

Cat

3 comentários:

Cat disse...

Olá Rodrigo, bem vindo!

Zeze disse...

Olá Cat

Tem graça que as vezes mas só as vezes tb me chamam Gato, mas nem todas...
Tenho post novo
Beijoka

Cat disse...

Zeze, isso é bom, na minha opinião!
bjs