Era inverno e chovia. Chovia muito. Chovia que Deus dava água como dizia a mãezinha. Chovia tanto que as estradas eram rios e os rios eram mares. Chovia tanto que não se conseguia ver de onde caía a chuva nem onde começava o céu, negro e pesado. Chovia tanto que a chuva arrastava consigo a paz e a serenidade. Nada resistia ao ímpeto da sua força. E aquele barco de papel que levava uma carta de amor escrita na proa e na popa, na vela e no mastro, e nos remos invisíveis? Afogou-se antes de chegar ao outro lado do coração.
Cat
8 comentários:
só posso dizer que: adorei isto!
Petra, muito obrigada, é bom saber. :D
E continua a chover!
Joker, continua. Bem vindo!
muito bem escrito... gostei de ler... mas tenho pena pelo significado...
...ou...
...talvez não devesse lá chegar.
Spritof, eu ainda acredito que quando se quer muito, devia acontecer...
mas... será que aquilo que se quer é realmente o que se precisa?... e o que realmente o que se deseja (no íntimo)?
Spritof, que seja o que se precisa pode não ser mas o que se deseja acredito que sim. :)
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