RETRATOS DE UMA VIAGEM
Já cheguei. Há dois dias. De uma viagem inesperada, decidida subitamente. Uma das vantagens de se ter família e amigos espalhados pela Europa, recebendo-nos nos seus lares.
O telefone tocou estranhamente cedo; logo me atingiu uma certa inquietação despertada por um acidente ocorrido havia pouco tempo. Teria alguma coisa sucedido?
“Sim?”
“Olá mana, bom dia!”
“Bom dia mana. Tudo bem?”
“Sim. Queres ir a Londres?”
“Hã?!”
“Vamos a Londres?”
“Londres?... Mas…quando?”
“Agora. Nas férias. Podemos ficar em casa do J.”
“Hã? Não sei. Tenho que pensar. Não estava a fazer conta.”
“Então vá. Pensa depressa que quanto mais pensas menos fazes. Diz-me à hora de almoço que temos que ver dos bilhetes.”
“Hã…está bem.”
“Beijoca. Até logo.”
“Xau. Beijoca.”
Na altura este diálogo pareceu-me irreal. Ir assim a Londres, de repente, sem nada planeado?! As férias estavam a poucos dias de distância! Mas há alturas em que o melhor é mesmo não pensar muito, e mesmo antes de eu lhe dar a resposta já tocava o telefone.
Á noite uma procura frenética na net pelos bilhetes ao mais baixo preço que, sim senhora, gosto muito de viajar mas como o meu pai diz, sou turista de pé descalço. Reservas feitas, confirmados os horários dos voos com o J. que até está de folga e nos vai buscar ao aeroporto de Heathrow, começa uma busca dos pontos turísticos de maior interesse e mapas, no mínimo para se ter uma sensação de planeamento, para sabermos que os dias seriam rentabilizados sem stress. Sim, planeamento é comigo.
Londres é uma cidade que nos prende. Mas eu sou suspeita. Fascinada que sou por viajar e conhecer sítios, culturas e pessoas diferentes, sinto sempre como que um elo que me prende aos lugares que visito. No entanto, pela segunda vez na minha vida fiquei com a forte impressão de que me adaptaria muito facilmente a viver em Londres (a primeira foi na Suiça). Afinal de contas, no final da semana eu já me sentia muito à vontade na utilização dos famosos autocarros vermelhos. E a rapidez com que comecei logo a ganhar o sotaque britânico no meu inglês enferrujado!!! Confesso que eu própria fiquei admirada.
A natureza esteve do nosso lado favorecendo-nos com uns dias de sol e temperatura amena. Coisa rara nesta altura do ano e num país de pluviosidade frequente. Eu que fui preparada com guarda chuvas e um casaco a lembrar o Inverno, deixei-os dentro da mala de viagem.
Agradou-me em Londres a diversidade de culturas, nacionalidades e até de línguas. Agradou-me a arquitectura dos edifícios antigos e a dos mais recentes. Agradou-me ser uma cidade tão organizada em que um estranho dificilmente se sente perdido. A cidade está bem sinalizada com indicações de fácil compreensão e é verdade que com um mapa na mão tudo é mais fácil. Foi a primeira coisa que comprei. Agradou-me haver tantas pessoas na rua a aproveitar o bom tempo, passeando a pé ao longo do rio e nos jardins.
Londres é uma cidade rica em parques verdes. Visitei os três maiores (St. James’s Park, Hyde Park e Regent’s Park) mas há muitos outros parques mais pequenos onde se podem passar algumas horas muito agradáveis. Também visitei os jardins do Palácio de Buckimham no fim da visita ao palácio. Senti que, apesar de estarmos no coração de Londres, nos parques se vive e respira tranquilidade. Os ruídos da cidade ficam para trás como se passando os portões algo impedisse o sons de entrarem.
Chegávamos ao fim do dia muito cansadas. O corpo pedia repouso. Um cansaço bom. De quem tinha caminhado muito a pé (abençoadas sapatilhas), de quem aproveitava intensamente todos os segundos, de quem absorvia com o olhar todas as imagens que queria guardar.
“Mana, gosto tanto de estar contigo em Londres!!”
Talvez voltemos um dia.
Já cheguei. Há dois dias. De uma viagem inesperada, decidida subitamente. Uma das vantagens de se ter família e amigos espalhados pela Europa, recebendo-nos nos seus lares.
O telefone tocou estranhamente cedo; logo me atingiu uma certa inquietação despertada por um acidente ocorrido havia pouco tempo. Teria alguma coisa sucedido?
“Sim?”
“Olá mana, bom dia!”
“Bom dia mana. Tudo bem?”
“Sim. Queres ir a Londres?”
“Hã?!”
“Vamos a Londres?”
“Londres?... Mas…quando?”
“Agora. Nas férias. Podemos ficar em casa do J.”
“Hã? Não sei. Tenho que pensar. Não estava a fazer conta.”
“Então vá. Pensa depressa que quanto mais pensas menos fazes. Diz-me à hora de almoço que temos que ver dos bilhetes.”
“Hã…está bem.”
“Beijoca. Até logo.”
“Xau. Beijoca.”
Na altura este diálogo pareceu-me irreal. Ir assim a Londres, de repente, sem nada planeado?! As férias estavam a poucos dias de distância! Mas há alturas em que o melhor é mesmo não pensar muito, e mesmo antes de eu lhe dar a resposta já tocava o telefone.
Á noite uma procura frenética na net pelos bilhetes ao mais baixo preço que, sim senhora, gosto muito de viajar mas como o meu pai diz, sou turista de pé descalço. Reservas feitas, confirmados os horários dos voos com o J. que até está de folga e nos vai buscar ao aeroporto de Heathrow, começa uma busca dos pontos turísticos de maior interesse e mapas, no mínimo para se ter uma sensação de planeamento, para sabermos que os dias seriam rentabilizados sem stress. Sim, planeamento é comigo.
Londres é uma cidade que nos prende. Mas eu sou suspeita. Fascinada que sou por viajar e conhecer sítios, culturas e pessoas diferentes, sinto sempre como que um elo que me prende aos lugares que visito. No entanto, pela segunda vez na minha vida fiquei com a forte impressão de que me adaptaria muito facilmente a viver em Londres (a primeira foi na Suiça). Afinal de contas, no final da semana eu já me sentia muito à vontade na utilização dos famosos autocarros vermelhos. E a rapidez com que comecei logo a ganhar o sotaque britânico no meu inglês enferrujado!!! Confesso que eu própria fiquei admirada.
A natureza esteve do nosso lado favorecendo-nos com uns dias de sol e temperatura amena. Coisa rara nesta altura do ano e num país de pluviosidade frequente. Eu que fui preparada com guarda chuvas e um casaco a lembrar o Inverno, deixei-os dentro da mala de viagem.
Agradou-me em Londres a diversidade de culturas, nacionalidades e até de línguas. Agradou-me a arquitectura dos edifícios antigos e a dos mais recentes. Agradou-me ser uma cidade tão organizada em que um estranho dificilmente se sente perdido. A cidade está bem sinalizada com indicações de fácil compreensão e é verdade que com um mapa na mão tudo é mais fácil. Foi a primeira coisa que comprei. Agradou-me haver tantas pessoas na rua a aproveitar o bom tempo, passeando a pé ao longo do rio e nos jardins.
Londres é uma cidade rica em parques verdes. Visitei os três maiores (St. James’s Park, Hyde Park e Regent’s Park) mas há muitos outros parques mais pequenos onde se podem passar algumas horas muito agradáveis. Também visitei os jardins do Palácio de Buckimham no fim da visita ao palácio. Senti que, apesar de estarmos no coração de Londres, nos parques se vive e respira tranquilidade. Os ruídos da cidade ficam para trás como se passando os portões algo impedisse o sons de entrarem.
Chegávamos ao fim do dia muito cansadas. O corpo pedia repouso. Um cansaço bom. De quem tinha caminhado muito a pé (abençoadas sapatilhas), de quem aproveitava intensamente todos os segundos, de quem absorvia com o olhar todas as imagens que queria guardar.
“Mana, gosto tanto de estar contigo em Londres!!”
Talvez voltemos um dia.
Rua de Peckam
St. Giles Church
Big Ben
Parlamento
St. James's Park
Oxford Street
O Presente da Raia (London Aquarium)
8 comentários:
Sâo as viagens mais deliciosas, as programadas em cima do joelho. A última vez que me deu uma coisa dessas dei por mim estava em Marselha!
o planear muito, faz com que as nossas expectativas aumentem...
Saudades dessa grande cidade em que vivi durante 3 anos...
Bem vinda... ;)
Beijo
Alice
Xiiiii..imbejinha, imbejinha!
Tudo o que é de improviso, torna a coisa mais saborosa!
kiss
Ainda bem que a fizeste...
Beijo enorme
Rafeiro, foi a primeira assim ás três pancadas mas foi deliciosa!
Xano, acho que tens razão.
Gomez, fiquei encantada com Londres. Acho que posso compreender porque ficaste esse tempo todo. Bem vindo!
Alice, bem vinda!
Marta, também tens razão. Bem vina!
Francisco, acho o mesmo.
Beijos a todos
Olá
Ta tudo bem???
que se passa ctg???Pq deixaste de comentar o meu blog??Tas chateada cmg??Se sim pq???
Gostei do post, tambem adoro Londres e tambem adoro viajar apesar de tambem ser um turista de pe descalço.
Beijinhos e passa lá pelo meu a tua opinião é semrep bem vinda.
Beijinhos
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