13.4.07

Quem me dera ser pedra da rua, fria e dura, resistente, indiferente.
Quem me dera ser murro, pontapé, estalada desferidos na raiva do momento, libertando o ser do sentimento.
Quem me dera ser saco de boxe de pele fria e grossa que recebe a pancada sem dor.
Quem me dera ser o grito que se recusa a morrer preso na garganta, que anseia soltar-se, ser grito libertador.
Quem me dera ser raio, trovoada, tempestade que faz explodir o céu.
Quem me dera ser malmequer a quem desfolhas com os olhos ansiosos de quem despe um amante.
Quem me dera ser margarida, papoila, rosa selvagem cheia de cor, cheiro e beleza.
Quem me dera ser fada, bruxa com varinha de condão, com rosto de paz e tranquilidade no coração.
Quem me dera ser pássaro voando das asas do vento
Quem me dera ser o ar para tu me respirares.
Quem me dera ser fogo para me sentires quente na tua pele.
Quem me dera ser a luz que guia as almas perdidas.
Quem me dera ser sopro, aconchego quente, calmaria.
Quem me dera ser dona do tempo, das linhas paralelas que cruzam as nossas vidas.
Quem me dera escrever uma história com final feliz.
Quem me dera ser inocente.

Cat






3 comentários:

Martunis disse...

WOW...

quem me dera...e mais não digo

;)

Zeze disse...

Olá
Quem me dera receber também as tuas visitas no meu blog...

Gostei das tuas palavras

Beijoka

psique disse...

sem comentarios ... gostei