Chegaram ao restaurante com uma hora de atraso. Porque umas não conheciam a cidade, porque outras se tinham perdido, e ainda porque outras, simplesmente, se tinham atrasado por não saberem respeitar horários. Não era a festa dela portanto, e apesar de só conhecer a protagonista, ia fazer o máximo para se integrar e se divertir.
Dez mulheres juntas. Lindas. A noite era delas.
O jantar, que já tinha começado tardiamente, alongou-se. Histórias contadas, opiniões partilhadas, gargalhadas soltas. Foram a ver e o restaurante já estava vazio, os empregados faziam as limpezas com ar de quem já estava cansado de aturar quem não se ia embora. Seguiu-se uma festa patrocinada por uma bebida alcoólica onde se entra só com convite. Era à conta. A. tinha cinco convites duplos. À porta um segurança com dois metros de altura por um de largura, um pouco mais atrás outro mais discreto, e uma drag queen vestida com um roupão verde e um turbante verde eléctrico. Ficou a pensar que tipo de festa seria aquela.
Dez mulheres juntas, muito animadas (sim, que o vinho verde do jantar já estava a dar uma ajudinha), entram no espaço que estava meio cheio, ou meio vazio (ainda bem, assim podiam circular sem ser aos empurrões), muitas atenções masculinas viram-se para elas. Fazem de conta que não reparam. Alegria! C. descobre que as bebidas são grátis! Todas as bebidas! É-lhe indiferente. Ela pretende manter-se sóbria.
A música agradava-lhe. Era dançável. De outros tempos. O espectáculo de uma drag queen a imitar umas cantoras famosas também.
Não ficam muito tempo. Decidem ir a uma discoteca. Não lhe apetece muito, já começa a sentir sinais de cansaço, mas não se nega. Lá dentro, o espaço estava demasiado cheio, a música demasiado electrónica, demasiado alta. Acaba-se a conversa. Impossível o convívio dialogante. Impossível circular. Impossível dançar.
Dez mulheres juntas. Lindas. A noite era delas.
O jantar, que já tinha começado tardiamente, alongou-se. Histórias contadas, opiniões partilhadas, gargalhadas soltas. Foram a ver e o restaurante já estava vazio, os empregados faziam as limpezas com ar de quem já estava cansado de aturar quem não se ia embora. Seguiu-se uma festa patrocinada por uma bebida alcoólica onde se entra só com convite. Era à conta. A. tinha cinco convites duplos. À porta um segurança com dois metros de altura por um de largura, um pouco mais atrás outro mais discreto, e uma drag queen vestida com um roupão verde e um turbante verde eléctrico. Ficou a pensar que tipo de festa seria aquela.
Dez mulheres juntas, muito animadas (sim, que o vinho verde do jantar já estava a dar uma ajudinha), entram no espaço que estava meio cheio, ou meio vazio (ainda bem, assim podiam circular sem ser aos empurrões), muitas atenções masculinas viram-se para elas. Fazem de conta que não reparam. Alegria! C. descobre que as bebidas são grátis! Todas as bebidas! É-lhe indiferente. Ela pretende manter-se sóbria.
A música agradava-lhe. Era dançável. De outros tempos. O espectáculo de uma drag queen a imitar umas cantoras famosas também.
Não ficam muito tempo. Decidem ir a uma discoteca. Não lhe apetece muito, já começa a sentir sinais de cansaço, mas não se nega. Lá dentro, o espaço estava demasiado cheio, a música demasiado electrónica, demasiado alta. Acaba-se a conversa. Impossível o convívio dialogante. Impossível circular. Impossível dançar.
Observa quem a rodeia. Rostos com olhos vazios, corpos vestidos com marcas caras, as mulheres numa moda que ela nunca entenderá. Será que estava a ficar demodé? Na mesma mão um copo e um cigarro. Pessoas que estão para ver e serem vistas. No canto um casal que namora avidamente. Impossível serem discretos. Sentem a urgência do corpo. Ela segreda-lhe ao ouvido. Puxa-o pela mão à zona dos WC. Ela entra no das senhoras, deixa-lhe a porta aberta. Ele hesita. Olha para trás. Decide segui-la.
Ela olhava para o relógio. Apetecia-lhe ir-se embora. Nunca gostou de fechar as discotecas. Distrai-se com o movimento do corpo das animadoras. Parecem ter uma energia inesgotável a dançar no alto daqueles tacões. O sorriso pregado no rosto.
Hora de pagar.
Na rua, o frio da noite desperta-lhe um pouco os sentidos. Ainda não era Verão mas as roupas que envergavam faziam acreditar que sim.
Cat
Ela olhava para o relógio. Apetecia-lhe ir-se embora. Nunca gostou de fechar as discotecas. Distrai-se com o movimento do corpo das animadoras. Parecem ter uma energia inesgotável a dançar no alto daqueles tacões. O sorriso pregado no rosto.
Hora de pagar.
Na rua, o frio da noite desperta-lhe um pouco os sentidos. Ainda não era Verão mas as roupas que envergavam faziam acreditar que sim.
Cat
11 comentários:
Onde era o Restaurante?
;)
Dama de ferro, bem vinda!
b'dias....
reforço eu a pergunta:
- 'Onde era o restaurante'?
;)
Bj
lê-se de uma lufada só. genialmente bem escrito.
Sr. Martim, o sr. é curioso!!! eheheh :D
Afonso, obrigada! ;)
bjs
Curioso q.b. Cat...
Mas não respondeste à minha pergunta...
'Onde era o tal restaurante?
lol
Bj
.. bem escrito ... vou voltar ...
Luis
Olá
Bom texto, muito bem escrito...
Ultimamente não te vejo comentarios lá em casa... :(
Beijoka
Amantesensuais, bem vindos!
bjs
Olá tudo bem???
Não sei pq deixaste de comentar o meu blog nem de aparecer no msn mas espero que não seja nada de mal ou que não tnh dito nada de especial pra ficares assim.
Acho que não pelo que li nos comentários que te fiz mas...às vezes podes ter interpretado mal.
Beijinhos e dá notícias
Espero que tenha sido uma boa visita...e desprezando o frio...........
Beijos
R.
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