18.9.11

Este blog está suspenso por tempo indeterminado.

Até outro dia, qualquer dia, numa folha branca ou num teclado colorido…

Até sempre ou até nunca.

 

Cat

19.7.11

12 dias

É quanto falta para O Concerto.

Sim, estou a contar os dias.

Sim, vou sentir um frenesim dentro de mim impossível de conter.

Sim, vou ficar doida e, possivelmente, histérica também.

Sim, vou cantar e gritar até ficar afónica.

Sim, vou dançar e saltar até não sentir mais as pernas.

Sim, o mais certo é chorar baba e ranho e não me ralar nadinha com isso.

Sim, durante o concerto o mundo serei eu e o Jon, a música no espírito, a energia no corpo.

Pela segunda vez, dia 31 vai ser um lindo 31!

 

Cat

 

Open All Night

 

Only in My Dreams

 

Love Me Back To Life

23.5.11

21.5.11

A melhor definição…

Amor é…

O homem sentado na sua varanda de casa a beber uma cerveja ao lado da mulher e dizer..."adoro-te", 

ao que a mulher responde..."isso já é a cerveja a falar"

Ao que ele responde..."Não, sou eu a falar com a cerveja"...!!!

19.5.11

Porque, mais do que nunca, tenho todos os radares ligados…

Porque nunca há demasiada prevenção

Porque não acontece só aos outros

Porque é uma realidade muito dura

Porque nunca é cedo demais

Porque queremos viver até aos 99

 

Cat

 

18.5.11

*Poema aos homens constipados *

Pachos na testa, terço na mão,

Uma botija, chá de limão,

Zaragatoas, vinho com mel,

Três aspirinas, creme na pele

Grito de medo, chamo a mulher.

Ai Lurdes que vou morrer.

Mede-me a febre, olha-me a goela,

Cala os miúdos, fecha a janela,

Não quero canja, nem a salada,

Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.

Se tu sonhasses como me sinto,

Já vejo a morte nunca te minto,

Já vejo o inferno, chamas, diabos,

Anjos estranhos, cornos e rabos,

Vejo demónios nas suas danças

Tigres sem listras, bodes sem tranças

Choros de coruja, risos de grilo

Ai Lurdes, Lurdes fica comigo

Não é o pingo de uma torneira,

Põe-me a Santinha à cabeceira,

Compõe-me a colcha,

Fala ao prior,

Pousa o Jesus no cobertor.

Chama o Doutor, passa a chamada,

Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.

Faz-me tisana e pão de ló,

Não te levantes que fico só,

Aqui sozinho a apodrecer,

Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.

 

António Lobo Antunes - (Sátira aos HOMENS quando estão com gripe)

 

(Ai que me dói a barriga de tanto rir!)

3.5.11

O cheiro não engana ou como lançar a confusão no supermercado

Quando faço as compras de supermercado tenho sempre preferência pelos produtos portugueses. Na minha opinião se comprarmos português estamos a apoiar a produção nacional, promovendo o emprego e contribuindo para a economia do país, mesmo que isso às vezes me fique um pouco mais caro.

Da última vez que fui comprar fruta e legumes reparei que a maioria não tinha exposta a identificação da origem, e o cliente tem o direito de saber, como tal fui obrigada a perguntar a uma funcionária a origem do tomate. Olhou-me com aquele ar olha olha esta tem a mania. Disse a funcionária que se não estava junto ao preço, estava marcado na caixa. Mas tal como ela pôde constatar aquele tomate era apátrida. Ah e tal que o papel deve ter caído no transporte e não deram conta mas vai tentar saber. Ó Sofiiiiiiiiiiiiiia sabes de onde vem o tomate?, Qual? Temos tantos. Mas que não sabendo devia ser espanhol porque acha que os tomates vieram todos de lá. E eu? Viro-me para o tomate e pergunto, ó tomatinho lindo em que terra nasceste tu? Na ignorância decido não comprar. Ao ver-me virar costas ao tomate a funcionária, não querendo dar-se por vencida, vem com a conversa do cheiro. Que este tomate cheira a tomate mesmo do tomateiro e que o espanhol não cheira a nada e que portanto só pode ser português. Pode levar á confiança que este é do nosso. Ora querem ver que temos que passar a usar o teste do olfato como os cães fazem?

Cat

25.4.11

A música do dia é…

A música que em 25 de Abril de 1974 lançou as tropas portuguesas para a rua…

22.4.11

Está mal…

Eu já tinha guardado as botas, os gorros, os pijamas e as pantufas, e agora tenho que ir buscar tudo de novo. Porque não bastava a chuva tinha que vir o frio também. Apre…

Cat

19.4.11

Ora vamos lá esquecer o FMI por um bocado, sim?

E olhar distraidamente pela janela da cozinha. São horas de jantar, já é de noite, as luzes dos apartamentos estão acesas, nem todos os vizinhos fecham os estores, alguns nem cortinados têm. Outros, além de não terem estores nem cortinados ainda têm as janelas abertas como se fosse uma noite escaldante de Verão e nem uma brisa corresse. E de tanto calor e urgência que têm talvez ele lhe tenha dito com voz doce “vá vira-te para eu te comer depressa enquanto o arroz coze” e sem mais decidem dar uma pinada em pé ali encostados á bancada da cozinha. E vai uma pessoa distraidamente olhar pela janela e o que é que faz? Solta uma exclamação “ohhhhhhhh” e fica espantada a ver, até ver que o vizinho vê que está a ver e tenta disfarçar. Mas não é fácil. Porque este é um espetáculo que não se vê todos os dias, ao vivo e a cores e gratuito. Depois disto quem quer saber o FMI? Eu sei é que nunca mais vou olhar por aquela janela da mesma forma.

Cat

14.4.11

Diário de um Linfoma III

Terça-feira, 12 de Abril de 2011

Bem que hoje podia ser dia 25 de Abril, dia da liberdade, mas não, é só dia 12, ainda assim, ainda que eu não queira recordar o dia 12 como um dia especial, há-de ficar registado como o dia da minha libertação. Libertação de angustiantes e sucessivos tratamentos de quimioterapia semanais, de consultas médicas, de idas ao hospital. Porque hoje fiz o último tratamento. E em mim existe um misto de alegria e de um sentimento de “quem me dera que mais ninguém tivesse que passar por isto”, e de vontade de dizer a todos os que ficaram na sala de tratamento quando voltei as costas para sair, aos que ainda estão a começar e aos que já vão a meio, e que estavam a pensar na minha sorte porque tinha chegado ao fim do suplicio, “sei bem o que é estar no vosso lugar e ainda estar a começar com todos os medos do desconhecido e incertezas sobre o futuro”. E este sentimento estranho refletiu-se em olhos marejados quando recebi o abraço de vitória da enfermeira Marta e saí da sala. Ao contrário de todas as outras vezes que quase corri para sair do hospital, hoje saí em câmara lenta como quem saboreia algo doce, sem saudades obviamente mas também sem ressentimentos. Sem ressentimentos porque embora esta seja uma batalha muito dura, dolorosa, cheia de muitos medos, é também uma luta que nos ensina a ver a vida com outros olhos, ensina a pôr em perspectiva tudo o que alguma vez tomámos como garantido, ensina-nos a descomplicar, a viver um dia de cada vez sem pressas nem ansiedades, e ensina-nos a perceber que uma vez que já enfrentámos um cancro, um verdadeiro problema, tudo o resto não passa de questiúnculas de importância reduzida. Depois de se lutar pela vida, e ganhar, depois de tudo mudar para nós e dentro de nós, surge um novo eu, mais tranquilo e de bem com a vida.

Sete meses e dezoito tratamentos depois e ganhei o direito a dois meses de “férias” de hospital. E confesso que ainda não estou bem em mim. Pode muito ser de todas as drogas que recebi hoje e que me deixam o discernimento toldado, pode ser por ainda não ter recebido nem dado todos os abraços amigos que preciso, mas da mesma maneira que no início de todo este processo me perguntava “mas isto está mesmo a acontecer-me?”, agora pergunto-me “mas é verdade que já acabou?”.

Acredito piamente que a minha fé na cura foi um dos grandes alicerces que me permitiu ganhar vantagem sobre a doença. De tal forma que apesar de ter aceitado a doença, eu dizia e ainda digo sempre “não quero estar doente”. A fé e o optimismo, porque a minha vontade de viver, de fazer, de acontecer, realizar, aprender são e estão mais sólidas que nunca. Só gostava de conseguir transmitir esta mensagem e impregná-la no espírito daqueles que estão descrentes para que se agarrem á vida com unhas e dentes, para que, tal como eu, decidam que podem morrer sim senhora, mas não do cancro.

Cat

8.4.11

Objetivo – Viver entusiasmado

Para quem tiver paciência, vale muito a pena ver este vídeo e sobretudo ouvir com muita atenção.

Um dia vou saber falar assim…

7.4.11

Há mar e mar e há praia…suja!

Têm estado uns dias de calor deliciosos. Parece que é Verão. Aliás, tem estado mais calor do que em muitos dias de Julho e Agosto. Eu não me queixo porque prefiro o calor ao frio, adoro o sol, a praia, a areia nos pés e o cheiro a mar…que delicia…energiza-me. Pena que este ano estou proibida de fazer praia, de apanhar sol, de ficar da cor do caramelo, mas a lamuria não vale de nada. Ontem pela primeira e talvez última vez este ano pus os pés na areia, oh…coisa boa, até parece que faz massagens…e o cheirinho a mar revolto fez-me bem, soube-me bem, retemperou-me o espírito…

Contudo, o cenário geral era triste. É triste que o ser humano tenha uma capacidade infinita de degradar a casa em que vive, de não respeitar a natureza nem o espaço que não é seu.

Ontem cheguei á praia e deparei-me com um cenário deplorável. O que me choca não são os pedaços de madeira, paus e canas, porque esses fazem parte do meio ambiente. Choca-me todo o lixo não natural. Os plásticos, os vidros, os tubos, os pacotes de leite. Todos os anos é isto. O mar devolve o que não lhe pertence. Toma lá que não quero isto para nada. E o homem ganha vergonha? Não! Para quê?

Agora é isto e as câmaras ainda põem umas máquinas a fazer limpeza, mas chegamos ao Verão e são beatas de cigarros, são papéis de gelados, e às vezes outros lixos como fraldas. É vergonhoso! Seria tão melhor se todos se respeitassem começando por respeitar o meio ambiente e executassem a simples tarefa de pôr o seu lixo no lixo, ou na reciclagem.

E ainda me vêm falar de iniciativas muito boas como o Limpar Portugal. Eu não participei, nem faço conta de vir a participar. Porque eu não sujo Portugal, não vou limpar o que os outros sujam. Eu não deito papéis no chão, nem beatas até porque nem fumo, ralho com os meus amigos que o fazem ainda que distraidamente e sou capaz de ficar chateada com eles se não vão a correr apanhar o lixo que caiu. Se ninguém sujar, ninguém precisa de limpar, e em vez de se ganharem prémios do Green Project Awards porque sim senhora Portugal é um país de gente boa e voluntariosa que mete mãos á obra, podia-se ganhar prémios por se ser o país mais limpo da UE e com melhor qualidade de vida e meio ambiente. Mas não, é melhor ter dois trabalhos, o de sujar e o de limpar.

Aqui ficam umas fotos do cenário…

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Cat

4.4.11

O que estás a fazer dona? Vamos mudar de casa?

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Gosto de um armário vazio. Gosto de abrir as portas de um armário ou as gavetas e apreciar o potencial de arrumação que possuem. E no entanto gosto de mantê-los assim, vazios. Que lógica tem isto? Se um armário não serve para guardar coisas, roupas ou objetos, de que serve? A verdade é que gosto de ter pouca coisa. Em minha casa abundam, principalmente, três coisas: roupa, sapatos e livros. Talvez até por esta ordem. Mas na verdade e comparativamente com outras pessoas que conheço, até nem tenho assim tanta roupa e sapatos. Porque de vez em quando gosto de fazer umas limpezas; entre uma a duas vezes por ano faço uma revisão á roupa (confesso que tenho mais dificuldade em fazer o mesmo com os sapatos…) e entre o que já não me serve (por causa daqueles bichinhos que habitam nos roupeiros e que encolhem a roupa durante a noite) e o que já não gosto e não visto há mais de um ano e que, portanto, já não voltarei a vestir, juntam-se sempre dois a três sacos grandes de roupa que é entregue á cruz vermelha.

Nunca fui uma guardilhona. Nunca fui de conservar recordações disto e daquilo, bilhetes de cinema ou de concerto, papelinhos, ou porta-chaves por exemplo, quando um é substituído vai para o lixo; nunca fui de fazer coleções de nada, precisamente porque não gosto de acumulações. Não tenho um serviço de louça para o dia-a-dia e outro para quando tenho visitas, mas tenho quatro pratos para massa, um conjunto de seis para comida chinesa e outro para fondue. Tenho-os porque foram oferecidos, eu não os teria comprado. Não tenho copos de cristal ou de champanhe; a minha mãe fazia questão que os tivesse mas recusei, acho desperdício de dinheiro e de espaço. Tudo o que tenho em casa está ao uso. Se não está ao uso é porque não é necessário.

Por esta razão faz-me um pouco de confusão a ideia de entregar a decoração de uma casa a um decorador. Porque os decoradores têm uma forte tendência para encher as casas com objetos decorativos sem qualquer utilidade, apenas para compor e ficar bem e encher o vazio. Faz-me confusão os espaços que para mim são demasiados cheios com jarras e potes e lanternas românticas e taças e trinta molduras diferentes. Certo que as casas podem ficar com muito estilo e a minha ser demasiado simples e minimalista, mas quando olho para aquilo tudo e penso o trabalhão que há-de dar limpar o pó a tanta coisa, mais gosto de ter pouca coisa.

Hoje foi dia de uma destas limpezas. Umas quantas coisas para a garagem (coisas que fazem parte do meu passado mas que não são para deitar fora, ainda) e dois sacos cheios para o lixo. As garagens servem, basicamente para três coisas: pôr o carro, guardar a lenha, e guardar o que já não se quer ter em casa mas que ainda não está na hora de ir para o lixo. Um dia destes ganho coragem e limpo a garagem.

Agora gosto de olhar para aquelas prateleiras e vê-las vazias. Para mim este tipo de limpeza tem um efeito de catártico. Adoro deitar coisas desnecessárias fora, desfazer-me do acessório e manter apenas o essencial. Faz-me sentir leve e arejada, as energias da casa são purificadas como se varridas por um vento positivo.

É uma satisfação. Gosto do vazio.

Cat

1.4.11

Ainda a propósito da manif

 

socrates

Sempre se ouviu dizer que os preliminares são o inicio de uma boa foda, mas a verdade é que temos andado (quase) todos a ser fodidos sem cerimónia. A culpa não é da crise. Essa é apenas o bode expiatório. A culpa é de todos nós que pusemos o governo no governo tendo este país ficado de tal modo desgovernado que deu de caras com a falência. Resta agora saber quem poderá resgatar Portugal da miséria em que está. Porque parece-me que a descrença e desconfiança do povo imperam, e se o povo não acredita na política nem nos políticos, e se já não há heróis, resta-nos a fé num milagre? Digo eu, que não percebo nada de política nem de religião.

Cat

31.3.11

Vem aí o Verão, é altura de começar a emagrecer

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Nos tempos que correm vale tudo para chamar a clientela.  Até dar erros de português. Mas daqueles que até doem. Não fosse eu assim para o modesto entrava no salão de beleza e oferecia um dicionário com um post-it na página do evasiva. E outro na página do medo. Sim, porque só quem não tem medo é que se põe nas mãos de alguém que não sabe o significado da palavra.

 

Cat

30.3.11

Mimimi

A modos que é assim: uma mulher não pode sair de casa, especialmente se está bom tempo. Porque o bom tempo e o sol e o calorzinho fazem-nos ver a vida com outras cores e os sapatos passam a ser uma necessidade absoluta. E não vale a pena vir com grandes argumentos quando um mulher decide que precisa e, principalmente, merece um mimimi. E eu mereço. Sim, porque há meses que não saio de casa para, simplesmente, ir ver as montras. Claro que meses é uma forma de dizer, mas a verdade é que de há muito tempo para cá (meses efetivamente) nada me chamava, tudo parecia feio e sem graça, caro, e não valia a pena gastar dinheiro uma vez que para estar em casa não precisava mais do que já tenho. Mas estes sapatos falaram comigo, e disseram “leva-me já contigo, os teus pés precisam de mim, tu precisas de mim para ficares ainda mais linda e estonteante”. Mais a mais, são fabricados cá em Portugal, logo contribui para a economia nacional o que é bom dada a quantidade de lojas de chineses e de produtos estrangeiros que inundam o mercado. ´

Já agora podem perguntar “que tal está o tempo aí em cima?”. É que do alto de 10,5 cm as vistas são diferentes. Sinto-me…grande.

Smiley mostrando a língua

Cat